Arrive

A despedida foi um dos momentos mais dificeis da minha vida. Pensei que iria desistir, desmaiar, morrer... A sensacao de ter pessoas queridas longe, mesmo aqueles que nem sempre estao por perto, me aterrorizou. Deixar meus pais no aeroporto foi a coisa mais dolorida que eu poderia ter feito. Eu chorei o voo todo. Dormia chorando, acordava chorando. Conheci um brasileiro de Sao Paulo, judeu, que ja morou em Israel e serviu o exercito la, ele estava indo estudar em Dublin. Falava Hebraico mas nao tinha ingles muito bom, entao eu ajudei ele no ingles e ele me ajudou com o Hebraico. Ok, mentira, ele so me ajudou a nao chorar. A imigracao ate fez piadinhas comigo dessa vez. Pediram apenas para ver o meu visto de Au Pair e me deixaram passar, na boa.

Acho que ainda nao tive tempo pra chorar de novo, nao tive tempo nem de desfazer as minhas malas. As criancas sao lindas, sociaveis e boazinhas (ate agora). A host mom, como eu digo desde o inicio, eh uma fofona. O meu quarto eh quase do tamanho da minha cama de casal no Brasil, mas eh bem legal. Tenho uma banheira tambem.

As criancas falam alemao e holandes, e eh claro que eu nao consigo me comunicar. Mas eu ja consigo diferenciar uma lingua da outra e a kid maior (4 anos) ja me faz gestos.

Hoje estivemos na praia. Ela disse que gostaria de me levar ate la porque o tempo estava bom (14 graus). E eu vi, alem de transito, holandeses de camiseta e garotas de saia.

ps: teclado alemao, horrivel e sem acento.
ps2: hellen, lo, lena e deia, obrigada! amo vcs!